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Voltar Informando Direito: Inteligência artificial generativa – inovação ou risco à saúde mental?

Publicado em 10/09/2025 Editoria: Mato Grosso Do Sul sem comentários Comente! Imprimir


Voltar Informando Direito: Inteligência artificial generativa – inovação ou risco à saúde mental?

A inteligência artificial generativa é um ramo da IA capaz de criar textos, imagens, músicas, vídeos e até mesmo diálogos em tempo real, simulando a comunicação humana.

 

Diferente de programas tradicionais, que apenas executam tarefas pré-programadas, esse tipo de tecnologia aprende padrões em grandes volumes de dados e consegue produzir conteúdo novo a partir deles.

 

As vantagens dessa inovação são inúmeras: profissionais de diversas áreas já utilizam a IA generativa para aumentar a produtividade, criar materiais personalizados, realizar traduções instantâneas e até mesmo para inovação artística e científica. Ela também tem sido aplicada em setores como educação, saúde e direito, oferecendo rapidez na análise de informações e apoio à tomada de decisões.

 

No entanto, o uso sem critério e em excesso pode trazer riscos significativos. Ao criar simulacros de conversas humanas, esses sistemas podem gerar dependência emocional, sobretudo entre jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade. Foi o que ocorreu nos Estados Unidos, quando um adolescente de 14 anos acabou se envolvendo de forma intensa com um chatbot, chegando a substituir vínculos reais pela interação artificial. O caso terminou em tragédia e acendeu alertas sobre o impacto da tecnologia na saúde mental.

 

Entre os principais riscos da IA generativa estão:

a) Isolamento social, quando a interação com máquinas substitui as relações humanas;

b) Informações falsas ou distorcidas, já que a IA não garante precisão total;

c) Exposição de dados pessoais, usados muitas vezes para treinar modelos sem transparência;

d) Dependência psicológica, especialmente em adolescentes, que podem desenvolver apego a chatbots de “companhia”.

 

Assim, embora a inteligência artificial generativa represente uma ferramenta poderosa de inovação, é preciso cautela. Seu uso deve ser acompanhado de responsabilidade, supervisão e limites claros, sobretudo quando envolve crianças e adolescentes.

 

A diferença entre a inovação saudável e o risco está justamente no critério de utilização: quando empregada como apoio ao trabalho, estudo e criação, a IA pode ser uma aliada. 

 

Mas, quando passa a substituir a vida real, vínculos afetivos e acompanhamento profissional, torna-se um fator de perigo - não tecnológico, mas humano.

Fonte: tjms.jus.br

› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)


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