A inteligência artificial generativa é um ramo da IA capaz de criar textos, imagens, músicas, vídeos e até mesmo diálogos em tempo real, simulando a comunicação humana.
Diferente de programas tradicionais, que apenas executam tarefas pré-programadas, esse tipo de tecnologia aprende padrões em grandes volumes de dados e consegue produzir conteúdo novo a partir deles.
As vantagens dessa inovação são inúmeras: profissionais de diversas áreas já utilizam a IA generativa para aumentar a produtividade, criar materiais personalizados, realizar traduções instantâneas e até mesmo para inovação artística e científica. Ela também tem sido aplicada em setores como educação, saúde e direito, oferecendo rapidez na análise de informações e apoio à tomada de decisões.
No entanto, o uso sem critério e em excesso pode trazer riscos significativos. Ao criar simulacros de conversas humanas, esses sistemas podem gerar dependência emocional, sobretudo entre jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade. Foi o que ocorreu nos Estados Unidos, quando um adolescente de 14 anos acabou se envolvendo de forma intensa com um chatbot, chegando a substituir vínculos reais pela interação artificial. O caso terminou em tragédia e acendeu alertas sobre o impacto da tecnologia na saúde mental.
Entre os principais riscos da IA generativa estão:
a) Isolamento social, quando a interação com máquinas substitui as relações humanas;
b) Informações falsas ou distorcidas, já que a IA não garante precisão total;
c) Exposição de dados pessoais, usados muitas vezes para treinar modelos sem transparência;
d) Dependência psicológica, especialmente em adolescentes, que podem desenvolver apego a chatbots de “companhia”.
Assim, embora a inteligência artificial generativa represente uma ferramenta poderosa de inovação, é preciso cautela. Seu uso deve ser acompanhado de responsabilidade, supervisão e limites claros, sobretudo quando envolve crianças e adolescentes.
A diferença entre a inovação saudável e o risco está justamente no critério de utilização: quando empregada como apoio ao trabalho, estudo e criação, a IA pode ser uma aliada.
Mas, quando passa a substituir a vida real, vínculos afetivos e acompanhamento profissional, torna-se um fator de perigo - não tecnológico, mas humano.
Fonte: tjms.jus.br
› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)